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PEDRO COSTA - Treinador de Futsal



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O Aquecimento

O Aquecimento

Características do Aquecimento

Deve ser total - Deve aquecer todos os órgãos, músculos e articulações do corpo.

Deve ser dinâmico - Tem que despertar, realizando exercícios intercalados sobre a base de uma progressão suave.

Deve ser metódico - A sua realização será como um rito (sistemática) para o jogador de Futsal, e em progressão. Irá do global para o particular.

Deve ser proporcional e específico - Estará em função da qualidade e estado do jogador de Futsal, mas também em função do esforço e do exercício posterior a executar.

Deve alternar fases dinâmicas com fases de descanso - Não deve superar as 10 repetições por exercício, e deve haver variação nos exercícios.


Fases do aquecimento



Corrida contínua generalizada: corrida suave.

Movimentação geral: Movimentos específicos de rotação, elevação, extensão/flexão sobre pernas, tronco e braços.

Descanso e recuperação.

Estiramentos: Exercícios de potencialização da temperatura intramuscular, nas pernas principalmente para os jogadores e nos braços e pernas para o guarda-redes.

Corrida com alternâncias de ritmo: Primeiro suave, depois rápida em sprint, depois suave, depois rápida em sprint, e assim sucessivamente.
Descanso e recuperação.

Toque da bola em progressão: Passes e recepção da bola em progressão (movimentação contínua).

Assimilação da corrida (movimentação) para rematar a bola: Passes e jogadas com remates à baliza.

Retorno á calma, após exercício físico.

Alongamentos finais.

O aquecimento é de extrema importância para uma maior aproximação do atleta/equipa ao jogo, ou seja, as condicionantes que o jogo exige pressupõe que o atleta esteja em condições, físicas, técnico-tácticas e psicológicas para encarar o jogo.

De facto, a abordagem ao aquecimento que precede o treino e/ou o jogo, deve prever uma estruturação definida e precisa que esclareça o atleta/equipa para o exercício/treino ou para a abordagem global ao jogo.

Ora se esta abordagem minuciosa deveria ser encarada com grandeza, verificamos que, por vezes, as equipas apresentam um aquecimento pouco realista e que se coaduna muito pouco com a filosofia e as exigências do jogo ou treino. Desta forma, o atleta/equipa irão apresentar-se pouco objectivos, desconcentrados, “perdidos”, onde tamanha desorientação assume a atitude e relevância que identifica a sua forma inicial de abordar a competição ou exercício/treino.

Contudo, se no treino o prejuízo é racionalizado e não é quantificativo (só o é na qualidade que oferece ao treino), no jogo esta atitude identifica uma equipa amorfa, pouco objectiva e que procura durante o tempo de jogo alcançar tais índices competitivos outrora previstos.

Ora o aquecimento é o motor de arranque para uma boa toada competitiva, onde a equipa deverá privilegiar as acções que o jogo invoca e deverá assumir as exigências que em cima referi. (técnico-táctica, física e psicológica).

Neste sentido, pergunto se não deveríamos ter em conta o modelo de jogo do adversário (intensidade de jogo que o identifica), o tipo de piso, as condições climatéricas (exigem mais tempo de aquecimento), e sobretudo a homogeneidade ao nível da concentração para objectivar tudo o que durante uma semana ou mês nos intensificamos a trabalhar.

O aquecimento é mais do que uma forma de prevenir lesões, é mais do que potencializar capacidades, o aquecimento (antes competição) é o tempo de jogo sem cronómetro onde cada equipa detém um ponto e procura a conquista dos restantes (2), sim porque é aí que as duas equipas já competem, cada uma no seu campo reduzido à metade.